CNJ está de “olho” nas ações podres da justiça de Marechal Deodoro

Que o suposto tráfico de influência em decisões judiciais tomadas em processos que envolvem o ex-prefeito Cristiano Matheus, de Marechal Deodoro, e prolatadas pelo juiz Léo Denisson, o Léo Cinquentinha, está sendo investigado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), todo mundo sabe.
Mas, nunca a relação dos dois ficou tão explícita.  Mesmo afastados da vida pública, Léo Denisson e Cristiano Matheus mantêm o vínculo de amizade. O juiz afastado e o ex-prefeito foram flagrados em amistosa conversa em uma barraca na Ponta Verde.
Afastado de suas funções, o magistrado responde a processo administrativo disciplinar em que é acusado de conduta suspeita nas ações que envolvem a polêmica disputa do terreno da Área B do Polo Multifabril José Aprígio Vilela.
Na mesma representação é investigada a conduta do desembargador Washington Luiz Damasceno Freitas enquanto presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas, cargo do qual foi afastado, bem como de todas suas funções jurisdicionais, em junho do ano passado por determinação do colegiado responsável por apurar denúncias contra membros da magistratura. O caso está na Corregedoria Nacional de Justiça que irá decidir se ele vai ou não ser levado à apreciação do Plenário do CNJ.
No início de fevereiro, o corregedor Nacional de Justiça, ministro João Otávio de Noronha, determinou que os titulares da 1ª Vara Cível e Criminal/Infância e Juventude e da 2ª Vara Cível e Criminal de Marechal Deodoro lhe enviassem cópias de três processos relativos à disputa travada entre o governo do Estado e o posseiro Jorge Florentino dos Santos envolvendo a área do Polo.
Desde 2012 Florentino luta para reaver as terras que cultivou por cerca de 20 anos e que foram desapropriadas pelo Estado para ampliação do parque industrial. A área envolve as fazendas Porto Alegre e Calmo, pertenciam à extinta Companhia de Desenvolvimento do Estado de Alagoas (Codeal), sucedida pela Companhia Alagoana de Recursos Humanos e Patrimoniais (Carhp), e foram negociadas pelo governo com duas indústrias após uma polêmica desapropriação com fortes indícios de falsidade documental, já que a matrícula dos terrenos difere da original: a matrícula de número 8 deu lugar a outra, de número 2486 mas sem o registro de desmembramentos.

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