A Superintendência Regional da Polícia Federal, em Alagoas, junto com a Controladoria-Geral da União (CGU/AL), desencadeou nesta quinta-feira, 30, uma ação policial denominada “Operação Sururugate”, à partir do cumprimento de mandado de busca e apreensão na Assembleia Legislativa.
As buscas começaram a ser realizadas às 8h. O objetivo é apurar um suposto esquema de desvios de recursos na folha de pagamento do órgão. O alvo é a arrecadação de documentos e outros dados, inclusive arquivos digitais.
A Assembleia Legislativa do Estado de Alagoas (ALE) chegou a ter, no ano de 2010, um total de 2.433 funcionários cadastrados na folha de pagamento, sendo que apenas 829 tinham dados registrados junto ao Ministério do Trabalho.
Mais de 200 dos funcionários recebiam Bolsa Família além dos salários, 12 não eram registrados na casa, 41 nem sequer sabiam que eram servidores da ALE e quase 20 já haviam morrido. No total, foram pagos R$ 150 milhões em salários a servidores não cadastrados entre 2010 e 2013.
No esquema, pelo menos nove dos 27 deputados que compõem a atual legislatura da ALE foram identificados como suspeitos de participar na fraude. A denúncia partiu do então deputado estadual João Henrique Caldas (PSB).
As informações são do superintendente da PF, delegado Bernardo Torres, que falou em entrevista coletiva na manhã desta quinta-feira, na sede da corporação, no Jaraguá.
