Hong Kong volta a comprar carne brasileira, mas mantém veto a fábricas investigadas

O Ministério da Agricultura informou nesta terça-feira (28) que Hong Kong, segundo maior comprador de carnes brasileiras em 2016, reduziu as restrições à importação do produto, adotadas após a deflagração da Operação Carne Fraca.

Na semana passada, o governo de Hong Kong anunciou a suspensão temporária das importações de carne produzida por qualquer empresa brasileira. Mais tarde, determinou também a retirada do produto que já estava à venda dentro do país.

De acordo com o ministério, Hong Kong decidiu nesta terça liberar a retomada das importações de carne brasileira e da venda no mercado interno, com exceção da carne produzida pelos 21 frigoríficos investigados pela operação da Polícia Federal. No caso desses 21 frigoríficos, a suspensão de importação continua valendo.

Segundo comunicado do Centro de Segurança Alimentar de Hong Kong, divulgado pelo Ministério da Agricultura, a liberação para importação vale imediatamente. No comunicado, o centro afirma ainda que não há indícios de problemas nos frigoríficos que exportam carne para o país e que eles não estão entre os 21 investigados.

O documento afirma ainda que Hong Kong verificou 66 amostras de carnes brasileiras antes de liberar as importações .

Antes de Hong Kong outros países – Chile, China e Egito – já haviam anunciado a redução de restrições à importação de carne brasileira.

Em nota, a Presidencia da República informou que o país recebe “com satisfação” a decisão de Hong Kong.

“Com essa medida, todos os grandes mercados para exportações de carnes brasileiras encontram-se novamente reabertos. Trata-se de uma vitória para o setor agroexportador brasileiro e um resultado importante logrado pelos esforços conjuntos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), do Itamaraty e do Consulado-Geral do Brasil em Hong Kong. A reabertura reafirma a qualidade e a solidez do sistema sanitário nacional”, diz a nota.

Exportações de carne pelo Brasil (Foto: Arte G1)

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