Presidente da Adefal denuncia: deputada Rosinha só quer “curral”

A eleição para a presidência da Associação dos Deficientes Físicos de Alagoas (Adefal) está em pé de guerra com direito a denúncias e difamações. Nesta semana, a chapa 2 – Acessibilidade e Inclusão – visitou várias redações de jornais e sites de Maceió para denunciar a atual diretoria de corrupção eleitoral envolvendo intrigas, abuso de poder e cadastramentos relâmpagos de possíveis membros votantes. Revoltado com o que foi veiculado na imprensa, João Ferreira, candidato à reeleição da chapa 1 – Continuar e Integrar – se defendeu de cada acusação.

whatsapp-image-2017-03-24-at-12-53-30Em coletiva com jornalistas rea­lizada na quarta-feira, 22, ele deixou claro: a chapa 2 teria apoio direto da deputada fe­deral Rosinha Cavalcante, mais conhecida como Rosinha da Adefal.  Segundo o manifesto público da chapa 1, “o grupo liderado pela de­putada Federal Rosinha Cavalcante dividia a categoria historicamente unida pelos seus ideais”. Desde então, o presidente João Ferreira estaria sendo constantemente assediado e pressionado à renunciar a sua candidatura em troca de apoiar o grupo da parlamentar.

“Nós, que fazemos a atual diretoria da Adefal, assim como os que integramos a chapa 1, chamamos a atenção da sociedade alagoana, da imprensa de nosso Estado e dos deficientes físicos em geral, para a verdade dos fatos que vem acontecendo nos últimos meses. Desde que foi deflagrado o processo eleitoral temos vivenciado algo inédito em nossa instituição ao longo destes 36 anos de sua existência”, afirmou Ferreira.

“Pela primeira vez, a eleição para comandar os destinos de nossa Associação não se dará através de aclamação, como sempre aconteceu. Isso porque aqueles que militam neste sonho iniciado pelo querido amigo Gerônimo Ciqueira, não mais aguentam ver a nossa luta sendo instrumentalizada pela política partidária, muitas vezes praticada como jogo de interesses próprios que se sobrepõe aos projetos em defesa das pessoas com deficiência física em nossa Alagoas”, alertou.

Segundo manifesto da chapa 1, o grupo da deputada, que já liderou a Adefal por algum tempo, utilizou a instituição como “curral eleitoral” e, por isso, agora, busca de todas as formas, inclusive se utilizando de mentiras e insinuações falsas, tumultuar o processo eleitoral e confundir a sociedade. “Tudo isso para que não fique evidente o real interesse que os traz ao processo eleitoral: tomar a Adefal para que ela volte a servir seus interesses políticos partidários, sobretudo diante do ano eleitoral de 2018 que se avizinha”.

 

INTRIGAS

“Instituição não será mais utilizada como balcão de negociatas”, diz João Ferreira

“Denúncia de adversários é desespero por votos”, diz chapa 1

 

Para João Ferreira, “a atitude do adversário não passa de ato de desespero de quem reconhece que não há espaço para suas práticas nessa instituição, que não mais se permitirá ser utilizada como balcão de negociatas políticas e parte para acusações infundadas”.

“Lamentamos todo esse processo que estamos tendo que asswhatsapp-image-2017-03-22-at-15-48-25istir e que afron­ta a história da Adefal e de todos
aque­les que dedicaram suas vidas para cons­truir essa luta. A Adefal não vai se cur­var aos interesses de quem pensa que po­de mandar e dominar a tudo e a todos, apo­iado por quem quer que sejam as for­ças políticas locais. A Adefal não pertence a ninguém que se ache dono dela, mas sim, pertence a todos os que dela precisam pa­ra a efetiva garantia de seus direitos, os de­ficientes físicos do Estado de Alagoas”, concluiu.

Ainda na quarta-feira, centenas de as­so­ciados e funcionários da Adefal rea­li­za­ram, em frente à sede da entidade, no bairro do Farol, em Maceió, um ato público em re­púdio às informações vei­culadas na im­prensa local, dando conta de supostas irregularidades no processo eleitoral para escolha da diretoria executiva da associação.

O fato gerou revolta entre usuários e colaboradores, que decidiram sair às ruas do Farol, em apoio à direção da Adefal. Em meio ao protesto, os manifestantes gritavam que irão votar na chapa 1 “por opção, e não por coação”.

O resultado para presidência da Adefal promete desdobramentos nos próximos dias, visto que a chapa 2 – Acessibilidade e Inclusão, diz ter em posse documentos comprobatórios que apontam para irregularidades no processo eleitoral. Diante disso, o grupo protocolou na Justiça um dossiê solicitando o afastamento da atual diretoria e de toda a comissão eleitoral.

Botão Voltar ao topo